A terapia

Para que o massageado permita o acesso do terapeuta às suas chaves de cura é necessário a construção de um conhecimento que ultrapassa a técnica de uma massagem. A técnica pura e simples não abarca a complexidade dos movimentos que estão em constante construção através da cinestesia e do acúmulo de conhecimentos que o sujeito faz no decorrer de sua existência.

No momento do atendimento o que vale é a intuição, a percepção e a vivência do terapeuta. É a humanidade do terapeuta. A técnica é o aprimoramento necessário da intuição. É o recurso que se tem para dar corpo a algo que percebemos como caminho. Para fazer com que o sujeito que nos procura se perceba e se reconheça nele mesmo, descobrindo o que o limita, o que o aflige para que possa encontrar uma forma mais criativa de estar, rompendo com o padrão repetitivo em que se encontra.

O processo de terapia pela Massagem Cinestésica inicia-se pelo auxílio em disponibilizar a pessoa para que ela possa perceber a tensão para que então busque a autonomia suficiente pra resolver a situação através dos processos criativos inerentes a vida.

Esse processo pode ser de duração imprecisa. Ninguém gera uma tensão do nada. Ela é construída e alicerçada ao longo da história do próprio sujeito. 

Tirar dor pode ser fácil. Difícil é fazer tratamento. Tratar exige dedicação e paciência. Tratar é profundidade. Pois que o tempo necessário para o tratamento é imensurável. Para conseguirmos transformar algo temos que ter não só conhecimento, mas, principalmente intimidade e isso necessita do tempo e de construção.

Tocar em alguém envolve muito mais do que um simples sentido de tato. Tocar alguém envolve afeto.

A massagem é a arte de descobrir, tocar e transformar a dor.